sábado, 31 de maio de 2014

Uma palavra
Que lancei ao vento oeste,
Correu a Leste
Sul e Norte.
Abriu meu corpo como um abacate.

Bradei pela tua vinda.
Barganhei pela tua vida.
E eis que me apareces
Obsidiana crua
Talhada em flecha
Dia a dia
No ventre da terra.

Aguardarei
O dia para te lançar
Flecha corredeira
A furar nuvens e estrelas.
A percorrer anos e ventos
A buscar sentido
Nas coisas sem sentido.

Quando estiveres pronta,
Te lançarei certeira
De dentro de mim
Para o céu, o mar
E seus confins...

Nenhum comentário:

Postar um comentário