sexta-feira, 7 de março de 2014

Adolesce-te

Acordou e foi direto ao espelho
Ver se o tumor amarelo havia partido
Deixado as bochechas
Redondas em paz.

Não havia.

Estava lá ainda aquele farol
Dizendo: apressa-te que o tempo urge.
Que o teu sono será curto.
Mas logo te estendes morto.

Apressa-te em ebulir
Enquanto há fogo
Cumprir teu alvo razoável.
Espalhar seus pedaços pelo chão.

Ah, se todo menino soubesse...
Que o virar da ampulheta é tão cruel
Quanto a segunda guerra.
E as provas de trigonometria.


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